quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vaca das cordas "ranpinha"


Vaca das cordas "preiras"


Malta da serdedelo em grande estilo.

Vaca das cordas 2009


Apesar de ter vaca no nome, a corrida traduz-se numa espécie de tourada ao ar livre, pelas ruas da vila de Ponte de Lima, tendo sempre como protagonista principal um touro, este ano com cerca de 450 quilos de peso e oriundo de Montemor-o-Novo.
"É um touro de peso, que promete dar luta a todos quantos ousarem lidá-lo".
Como manda a tradição, o animal é guardado nas instalações da Casa do Conde de Aurora, de onde sai pelas 18:00 do dia da corrida, conduzido por cerca de dezena e meia de pessoas e preso por duas cordas.
É conduzido até à Igreja Matriz e preso à janela de ferro da Torre dos Sinos, sendo-lhe dado um banho de vinho tinto da região, "lombo abaixo para retemperar forças".
Depois, dá três voltas à igreja, sempre com percalços e muitos trambolhões à mistura dos populares que lhe ousam fazer frente, após o que é levado para o extenso areal da vila, onde tem lugar a verdadeira "tourada".

Ponte de lima


Em pleno Alto Minho, a vila mais antiga de Portugal não necessita de apresentação, pois é uma terra lindíssima que só por si merece uma visita. Tem um bonito património arquitectócnico, e as margens do rio Lima conferem-lhe uma singulariedade de grande explendor. Come-se e bebe-se bem, o povo é acolhedor, e apresenta sempre muitos e bons eventos.

Mas, no terceiro fim de semana de Setembro, realizam-se as festas designadas de Feiras Novas, que a par das festas de N. Sª. da Agonia em Viana do Castelo, são provavelmente as maiores e mais populares festas do país.Feiras Novas, porquê? Para as distinguirem das Feiras Velhas que essas são as mais antigas do Reino, já referenciadas no foral da Condessa D. Tereja, concedido a Ponte de Lima em 4 de Março de 1125 e que se realizam às segundas-feiras, de quinze em quinze dias. Os Limianos às segundas-feiras que não são «dia de feira» chamam-lhes de «solteiras».Por comparação directa, convencionou-se chamar Feiras Novas àquelas que o rei D. Pedro IV instituiu em 1826, para dignificar uma celebração já existente desde 1792 e conhecida por Festas da Nossa Senhora das Dores.A veneração da padroeira e o comércio são os pilares sobre os quais assentam as Feiras Novas, sempre com muita animação e muita participação.
Este ano não resisti, e fiz uma visita. Fiquei admiradíssimo e confesso que nuhca tinha estado numa festa popular com esta envergadura.E como eu pensaram mais de 800 mil pessoas que marcaram presença nesta festa, que este ano assinalou 182 anos de existência, e que constitui uma das maiores e mais genuínas romarias populares do Alto Minho.
Cortejos etnográfico e histórico, procissão em honra de N. Senhora da Dores, um mercado enorme, muito artesanato, folclore, cantares ao desafio, arruadas de zés-pereiras, variada gastronomia e tasquinhas, bandas filarmónicas, mais de 350 tocadores de concertinas, rufadas de tambores, espectáculos musicais, um parque enorme de diversões, muitos e variados bares, e um grandioso fogo-de-artifício, são algumas das muitas atracções das Feiras Novas.É um mundo para todos os gostos e com um cariz regionalista muito agradável.

L.M.E. França


Musica estrangeira no seu melhor!!!